terça-feira, 23 de junho de 2009

Sobre uma analogia de cores e luz.











É bem verdade que para os mais adentrados em assunto de música, a primeira impressão que se tem em função da imagem acima, é de que esse post se refere à famosa banda de rock inglesa, Pink Floyd. Mas não, não é esse o caso. Pretendo me servir daqui, de duas coisas que nem de longe sou perito: como se pode ver, da capa do disco The Dark Side of The Moon, e também de alguns breves conceitos da psicanálise com o intuíto de compartilhar a visão análoga que se faz entre os sistemas inconsciente, pré-consciente, consciente e o prisma.

Como já foi dito, nem de longe sou bom conhecedor da téorica psicanalítica, porem ouso arcar com a responsibilidade de breve e superficial explicação acerca do tema envolvivo. De acordo com a psicanálise, existem duas formas em que os pensamentos estão presentes em nós: consciente e inconsciente. O consciente é todo aquele tipo de pensamento que podemos perceber assim como ele é. O consciente é conhecível, gerenciável, tem propriedades próprias pelas quais se expressam em nós e refletem-se no meio. Já o pensamento inconsciente ou as formas de manifestações inconscientes são aquelas que não são acessíveis a nós, são obscuras ( qualquer semelhança com o "The Dark Side of The Moon é pura coincidência ) , desprovidas de propriedades e atributos próprios. Entre o sistema consciente e o inconsciente, existe um sistema intermediário, o sistema pré-consciente, responsável pela aprovação ou não da passagem do conteúdo do sistema inconsciente que tenta buscar uma representação no sistema consciente. Talvez haja algum equívoco na explicação causado principalmente pela má escolha das palavras. Mas nada que impeça de avançar no foco da postagem: a analogia.

Aos interessados, sugiro que mastiguem um pouco mais o que foi dito a respeito dos sistemas e suas inter-relações e observem atentamente a foto, tentando enxergar o vínculo que pode dai pode ser feito, antes de prosseguirem.

Enfim, vamos a ilustração da analogia. Não me parece forçado comparar o conteúdo inconsciente com o feixe monocromático que precede o prisma. Ambos são uma coisa só, sem cor, sem atribuição de valores próprios e que está ante algo que, ao se passar por ele, terá algum tipo de representação. Este algo, no caso, seria o prisma, que funciona como uma barreira, tornando fazendo com que aquilo que se passe por ele se torne bem diferente daquilo que era. Não representa bem o sistema pré-consciente ? Enfim, o consciente, aquele tipo de conteúdo que já é representado por si, apresenta notável diferença entre os outros que não o são. Diferença esta que pode ser representada pelas cores e até mesmo pela posição que elas ocupam.

A versatilidade que as analogias nos oferecem, me impressionam e, como alguém que sempre recorre a elas, não poderia deixar essa do prisma, especificamente, pairando lá e cá em meus pensamentos. Muito adorno e pouco conteúdo de fato, mas espero que tenham achado interessante - assim como eu - a analogia apresentada aqui. Caso isso não aconteça, posso considerar como mais um sinal de que realmente estou ficando velho. Fazer o que? É a vida.



Créditos: Titio Verlaine Freitas

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Metafísica do amor

Na postagem de hoje, não trago texto ou reflexão minha, dando espaço então a uma passagem de Schopenhauer, filósofo alemão considerado por muitos como adepto da corrente irracionalista. A passagem percente ao livro "Dores do Mundo", livro que estou lendo atualmente e tem rendido algumas risadas, por mais que considere seus escritos sendo muito sérios. Não há como não rir defronte a tanto pessimismo. Além de vasta contribuições para a filosofia e o conhecimento de um modo geral, Schopenhauer influênciou fortemente a filosofia de Nietzsche, um dos pensadores mais comentados. Enfim, vamos ao que interessa:

"O amor, assunto até agora reservado aos romancistas e aos poetas. Insuficiência dos filósofos que teem tratado do assunto. Deve-se estudar o amor na vida real. O seu papel, a sua importância, o interesse universal que ele inspira. Todo o amor vulgar ou eféreo tem origem no instinto sexual. O seu fim é a procriação de uma determinada criança: fixa desse modo a geração futura. A natureza do instinto é proceder no interesse da espécie em detrimento do indivíduo. O instinto oferece ao ser egoísta uma ilusão falaz para chegar aos seus fins. Ele guia, no amor, a escolha do homem e da mulher para as qualidades físicas e morais mais apías para assegurarem a reprodução, a conservação, a superioridade do tipo integral da espécie humana, sem consideração alguma pela felicidade das pessoas. Deste conflito entre o gênio da espécie e os gênios protetores dos indivíduos nascem o sublime e o patético do amor. Resultado trágico do amor infeliz, decepções do amor satisfeito. Os amantes são traidores que perpetuando a vida perpetuam a dor."

Schopenhauer.


Teria Darwin, concordado com ele ? Rá!