quinta-feira, 11 de junho de 2009

Metafísica do amor

Na postagem de hoje, não trago texto ou reflexão minha, dando espaço então a uma passagem de Schopenhauer, filósofo alemão considerado por muitos como adepto da corrente irracionalista. A passagem percente ao livro "Dores do Mundo", livro que estou lendo atualmente e tem rendido algumas risadas, por mais que considere seus escritos sendo muito sérios. Não há como não rir defronte a tanto pessimismo. Além de vasta contribuições para a filosofia e o conhecimento de um modo geral, Schopenhauer influênciou fortemente a filosofia de Nietzsche, um dos pensadores mais comentados. Enfim, vamos ao que interessa:

"O amor, assunto até agora reservado aos romancistas e aos poetas. Insuficiência dos filósofos que teem tratado do assunto. Deve-se estudar o amor na vida real. O seu papel, a sua importância, o interesse universal que ele inspira. Todo o amor vulgar ou eféreo tem origem no instinto sexual. O seu fim é a procriação de uma determinada criança: fixa desse modo a geração futura. A natureza do instinto é proceder no interesse da espécie em detrimento do indivíduo. O instinto oferece ao ser egoísta uma ilusão falaz para chegar aos seus fins. Ele guia, no amor, a escolha do homem e da mulher para as qualidades físicas e morais mais apías para assegurarem a reprodução, a conservação, a superioridade do tipo integral da espécie humana, sem consideração alguma pela felicidade das pessoas. Deste conflito entre o gênio da espécie e os gênios protetores dos indivíduos nascem o sublime e o patético do amor. Resultado trágico do amor infeliz, decepções do amor satisfeito. Os amantes são traidores que perpetuando a vida perpetuam a dor."

Schopenhauer.


Teria Darwin, concordado com ele ? Rá!

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