quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Andar na frente.

Cena que há muito me chama atenção, arranca-me tímido sorriso e enche meus olhos de interesse é aquela que os pequeninos disparam-se a correr na frente de suas mães, babás ou responsáveis por eles enquanto caminham com certa liberdade pela rua, geralmente indo ou voltando da escola. De tanto acompanhar, com prazer, esta cena por inúmeras vezes de alguns anos pra cá, alguma coisa além da jacosidade proporcionadas pelo andar-quase-pulando das crianças que tentam fugir do adulto, exasperando-o com facilidade, me chamou atenção. De onde provém tamanha necessidade de afastar-se de seu tutor? Seria uma simples vontade ou necessidade de gastar energia? Ou talvez simples felicidade e empolgação em ir para o local de destino? Creio que não.

Tenho a ligeira sensação - e dispenso, para isso, qualquer tendência científica - de que é um ligeiro sinal da busca pela independência, pela emancipação. Mesmo que muito jovens e pequeninos, é viável de se pensar que em suas pequenas cabeças e sistema nervoso em desenvolvimento(ainda sem algum apelo científico) os piquititos começam a buscar, de forma despercebida, a auto-suficiência que dentro de algum tempo, começará a se manifestar.

Fazendo sentido ou não, o importante é que esse tipo de coisa se mantenha, e possa nos arrancar fáceis sorrisos durante longo tempo.

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