Seria sábio avaliar como indigno alguém que não vibrou, e até mesmo foi contra seu sucesso em determinada demanda, quando tal pessoa é próxima o suficiente para não querer - e por não ser vantajoso - perder tal proximidade ? Se a forma de pensar desta pessoa é abastarda o suficiente para torna-la corajosa a ponto de encarar o mais atroz dos caminhos, degenerando a si próprio com o propósito de impedir que determinados eventos aconteçam, postando-se com bravura contra a ordem natural das coisas, não seria prudente, ao invés de condena-la de imediato, conceder-lhe honras por sua força e perspicácia?
See ya, 2009.
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Se existe.
Considere uma pessoa comum, sem algum desvio de comportamento e crenças relevante. Considere também que esta pessoa é religiosa não fanática e acredita em deus, o Deus dos cristãos. Agora, force-se à abstração até conseguir visualizar e entender tal situação hipotética: em um dado momento da vida de tal pessoa, foi provado com absoluta e irrefutável certeza de que a existência desse Deus não é real em si, em sua verdade universal. O que aconteceria com a crença dessa pessoa? Resistiria? Apagar-se-ia ao longo do tempo? Creio que em tal situação - hipotética, como já dito - não haveria lógica em outro resultado senão o sepulcro desta crença específica. Seria possível isso não acontecer? Se sim, por que ?
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
Relato cronológico de cunho autobiográfico.
O dia começara bem. Decidiu não ativar o incômodo alarme do celular, já que isso não fazia outro efeito senão a irritação grátis. Confiou na boa vontade de todos os dias de sua mãe, que amiúde o acordava, e, se não fosse por ela, o simples atraso para os compromisso se tornariam na própria falta deles. Acordou bem disposto, não teve tanta vontade de voltar pra cama e destilar um foda-se ao sol que nascia. Mas era só o primeiro dia. De aula. Fez o seu lanche matinal, já fora de hábito devido às férias, mas, pelo menos o momento da refeição não o incomodava, durante as manhãs. Pelo contrário. Segundo ele, era um dos momentos mais mágicos do dia, pois, em curtíssimo período de tempo, realizava duas das atividades que mais apreciava na vida: dormir e comer. Terminado o processo, escolheu a roupa. Sentiu-se animado para a escolha, por mais trivial que parecessem as próximas horas a seguir. Mas era só o primeiro dia.
Saiu de casa e não teve preguiça de chegar até o ponto de ônibus. Esperou pouco até que chegasse o transporte, que surpresa! Pensou: deve ser coisa do primeiro dia. Sentou-se no lugar mais prático, e chamou seu velho amigo: o aparelinho de tocar música. Nem escolheu bem as faixas, simplesmente deixou rolar. É... era o primeiro dia. Viajou fácil, perdeu-se nos pensamentos, o que era habitual, praticamente uma terapia. Presente dado pelo transporte público. Passou um tempo ou dois, e viu uma garota de cabelo ruivo-falso, bem ao seu gosto, entrar no ônibus. Teve então dois momentos ou três, de sua atenção voltada para ela. Não era feia, e nem bonita, mas pestanejou antes de concluir o fato. Ainda assim teve vontade de ser seu namorado. Por um dia, talvez dois. Ficou contente em não ser percebido por ela, assim poderia percebe-la - limite, imposto pelo acaso, da relação entre eles - sem precisar se esconder. Analisou as irregularidades anatômicas que se faziam notáveis no nariz da menina ruiva. Sentado ali, enquanto ela estava de pé, o nariz não parecia dos mais bonitos. Imaginou ela como sua namorada - por um dia ou dois - e percebeu que, por ser mais alto, a visão de cima seria melhor, e chamaria menos sua atenção. É, ela não era tão bonita, nem tão feia, mas mesmo assim havia simpatizado com ela, por algum motivo. Deve ser coisa do primeiro dia.
Após uma viagem ou outra, a viagem certa, até o seu destino, chegava perto de se concluir. Aquela parte do trajeto sempre o lembrava de pegar o dinheiro, afinal, havia de pagar o preço da dependência do transporte. Ao se levantar pra descer, quase colou seu rosto com o da garota falso ruiva que outrora desejou ser namorado. Mas só por um dia. Ou dois. Ah, se não fosse o transporte público, esse momento nunca teria acontecido! Pouco tempo depois, também em função do transporte público, eles se tocaram. Mais especificamente a mão da garota foi de encontro com seu braço. O claro corpo pequenino e com curvas padrão da garota carregava um frio cadavérico. Definitivamente, não queria mais que ela fosse sua namorada, nem mesmo por dois dias, nem um. A viagem não o cansou. Nem um pouco. Mas isso não quer dizer que era coisa do primeiro dia.
Chegou, bebeu água no bebedouro, nem se importou com a gripe suína. Pouco tempo depois, encontrou pessoas que gostava de encontrar, seja no primeiro dia, ou no último. E foram chegando outras, mais e mais. O que não o impressionou, mas tornou-se digna de menção, foi a cordialidade entre seus amigos de aula, pois classe... enfim, gostou de rever as pessoas, o clima que se fazia ali e essas coisas todas da vida. Soube cedo que não haveria aula, e tinha chegado até ali em vão. Ficou em dúvida se achava bom, ou ruim, mas não se preocupou em chegar a uma conclusão. Prolongou sua estadia na cantina, num papo bacana entre seus bons companheiros, até que foi resolver problemas burocráticos com a universidade, com uma sagacidade incomum. Coisa do primeiro dia. Desanimou-se no primeiro obstáculo: a fila que deveria enfrentar até conseguir entrar em contato com o colegiado de seu curso. Após enfrentar toda a fila, descobriu que não era ali que o seu problema deveria ser tratado. Não se importou muito, esse tipo de coisa tinha se tornado comum. Finalmente foi resolver suas pendências no lugar certo, com as companhias certas, e enfim conseguiu o que precisava, e então foi embora.
Ao chegar em casa, repetiu o script de todos os dias: almoço + programa de esporte. A universidade pública havia lhe dado a tarde inteira de presente, e então deu-se ao luxo de tirar uma sonequinha. Novamente, em curtíssimo período de tempo, estava a realizar as duas prazerosas atividades de sua vida, as quais exercia com maestria: comer e durmir. Viva a universidade pública! Será que era coisa do primeiro dia? De fato dormiu, mas logo foi acordado pelo grito do celular. Não era o alarme, era o Lobo. Falou alguma coisa sem nexo mas por fim soube que teria visita mais tarde. Gostou da notícia e voltou a dormir. Pouco tempo depois foi novamente acordado, mas não pelo Lobo. Dessa vez foi pelo Arthur, seu irmãozinho caçula. Apenas 2 anos. Gostou bastante da visita, e ateve-se a ele durante bom tempo, que passou rápido. Era a suprema juventude contrastada à sua síndrome da terceira idade. Desfeita a primeira visita, foi fazer caminhada. Coisa de segundo dia, pois, devido alguns problemas físicos, havia dois meses que não praticava sua corrida habitual e voltara a cumpri-la no dia anterior. Enquanto corria, lembrou-se dos fatos do dia que caminhava para o desfecho, e percebeu que foi um dia ligeiramente incomum. Coisa do primeiro dia ?
Depois do banho tomado, cabelo lavado e barriga cheia, ligou o computador. Coisa, definitivamente, de todos os dias. Pensou: dotinha ? Não teve muito ânimo e por fim decidiu escrever em seu blog. Gastou uns 30, 40 minutos, talvez, até chegar nessa frase, e pensou: Será que isso é coisa do primeiro dia? E sem titubear definiu que sim, era coisa de primeiro dia. Quão chato seria fazer esse tipo de relato, todos os dias, ou todas as semanas! Olhou para o relógio e percebeu que estava quase na hora do seu bom amigo Lobo chegar. Precisava ser gentil, fazer sala e encher a barriga do seu amigo, então concluiu que essa linha é a conclusão de seu relato.
Saiu de casa e não teve preguiça de chegar até o ponto de ônibus. Esperou pouco até que chegasse o transporte, que surpresa! Pensou: deve ser coisa do primeiro dia. Sentou-se no lugar mais prático, e chamou seu velho amigo: o aparelinho de tocar música. Nem escolheu bem as faixas, simplesmente deixou rolar. É... era o primeiro dia. Viajou fácil, perdeu-se nos pensamentos, o que era habitual, praticamente uma terapia. Presente dado pelo transporte público. Passou um tempo ou dois, e viu uma garota de cabelo ruivo-falso, bem ao seu gosto, entrar no ônibus. Teve então dois momentos ou três, de sua atenção voltada para ela. Não era feia, e nem bonita, mas pestanejou antes de concluir o fato. Ainda assim teve vontade de ser seu namorado. Por um dia, talvez dois. Ficou contente em não ser percebido por ela, assim poderia percebe-la - limite, imposto pelo acaso, da relação entre eles - sem precisar se esconder. Analisou as irregularidades anatômicas que se faziam notáveis no nariz da menina ruiva. Sentado ali, enquanto ela estava de pé, o nariz não parecia dos mais bonitos. Imaginou ela como sua namorada - por um dia ou dois - e percebeu que, por ser mais alto, a visão de cima seria melhor, e chamaria menos sua atenção. É, ela não era tão bonita, nem tão feia, mas mesmo assim havia simpatizado com ela, por algum motivo. Deve ser coisa do primeiro dia.
Após uma viagem ou outra, a viagem certa, até o seu destino, chegava perto de se concluir. Aquela parte do trajeto sempre o lembrava de pegar o dinheiro, afinal, havia de pagar o preço da dependência do transporte. Ao se levantar pra descer, quase colou seu rosto com o da garota falso ruiva que outrora desejou ser namorado. Mas só por um dia. Ou dois. Ah, se não fosse o transporte público, esse momento nunca teria acontecido! Pouco tempo depois, também em função do transporte público, eles se tocaram. Mais especificamente a mão da garota foi de encontro com seu braço. O claro corpo pequenino e com curvas padrão da garota carregava um frio cadavérico. Definitivamente, não queria mais que ela fosse sua namorada, nem mesmo por dois dias, nem um. A viagem não o cansou. Nem um pouco. Mas isso não quer dizer que era coisa do primeiro dia.
Chegou, bebeu água no bebedouro, nem se importou com a gripe suína. Pouco tempo depois, encontrou pessoas que gostava de encontrar, seja no primeiro dia, ou no último. E foram chegando outras, mais e mais. O que não o impressionou, mas tornou-se digna de menção, foi a cordialidade entre seus amigos de aula, pois classe... enfim, gostou de rever as pessoas, o clima que se fazia ali e essas coisas todas da vida. Soube cedo que não haveria aula, e tinha chegado até ali em vão. Ficou em dúvida se achava bom, ou ruim, mas não se preocupou em chegar a uma conclusão. Prolongou sua estadia na cantina, num papo bacana entre seus bons companheiros, até que foi resolver problemas burocráticos com a universidade, com uma sagacidade incomum. Coisa do primeiro dia. Desanimou-se no primeiro obstáculo: a fila que deveria enfrentar até conseguir entrar em contato com o colegiado de seu curso. Após enfrentar toda a fila, descobriu que não era ali que o seu problema deveria ser tratado. Não se importou muito, esse tipo de coisa tinha se tornado comum. Finalmente foi resolver suas pendências no lugar certo, com as companhias certas, e enfim conseguiu o que precisava, e então foi embora.
Ao chegar em casa, repetiu o script de todos os dias: almoço + programa de esporte. A universidade pública havia lhe dado a tarde inteira de presente, e então deu-se ao luxo de tirar uma sonequinha. Novamente, em curtíssimo período de tempo, estava a realizar as duas prazerosas atividades de sua vida, as quais exercia com maestria: comer e durmir. Viva a universidade pública! Será que era coisa do primeiro dia? De fato dormiu, mas logo foi acordado pelo grito do celular. Não era o alarme, era o Lobo. Falou alguma coisa sem nexo mas por fim soube que teria visita mais tarde. Gostou da notícia e voltou a dormir. Pouco tempo depois foi novamente acordado, mas não pelo Lobo. Dessa vez foi pelo Arthur, seu irmãozinho caçula. Apenas 2 anos. Gostou bastante da visita, e ateve-se a ele durante bom tempo, que passou rápido. Era a suprema juventude contrastada à sua síndrome da terceira idade. Desfeita a primeira visita, foi fazer caminhada. Coisa de segundo dia, pois, devido alguns problemas físicos, havia dois meses que não praticava sua corrida habitual e voltara a cumpri-la no dia anterior. Enquanto corria, lembrou-se dos fatos do dia que caminhava para o desfecho, e percebeu que foi um dia ligeiramente incomum. Coisa do primeiro dia ?
Depois do banho tomado, cabelo lavado e barriga cheia, ligou o computador. Coisa, definitivamente, de todos os dias. Pensou: dotinha ? Não teve muito ânimo e por fim decidiu escrever em seu blog. Gastou uns 30, 40 minutos, talvez, até chegar nessa frase, e pensou: Será que isso é coisa do primeiro dia? E sem titubear definiu que sim, era coisa de primeiro dia. Quão chato seria fazer esse tipo de relato, todos os dias, ou todas as semanas! Olhou para o relógio e percebeu que estava quase na hora do seu bom amigo Lobo chegar. Precisava ser gentil, fazer sala e encher a barriga do seu amigo, então concluiu que essa linha é a conclusão de seu relato.
segunda-feira, 27 de julho de 2009
Verão: uma certa visão.
Dou início a esse texto usando óculos de sol, dentro do meu quarto, com as janelas fechadas, as 00:05 com o intuito de entrar no clima das minha palavras. Tenho ouvido, bem de relance, algumas pessoas ao meu redor comentarem sobre os hábitos atuais de outrem, no âmbito coletivo, e a maioria dos comentários convergem para os mesmos sintomas. Evitei investigar o motivo de tais comentários, a fim de não me envolver com particularidades alheias, porém não tive sucesso a longo prazo.
Depois de matutar um pouco sobre o que havia sido dito, logo associei de forma bem rasteira e superficial, que tais hábitos transitórios, os quais se faziam comentários, associavem-se ao período do ano, ao clima e outras propriedades mutáveis do ambiente. Não atingi certa conclusão através de processos lógicos, pois se assim fosse, seria tão incerto e desprovido de alguma beleza original que não seria digno de postagem. O que me ocorreu foi uma forte sensação de que muito se verá quando vier o verão, e aqueles que veêm bem podem adiantar a situação. Há uma reserva de energia vital que vem se formando, e acredito que elas serão traduzidas em situações de fervor, quando a estação do sol que nos ferve os olhos chegar.
Creio que grandes mudanças, quase imperceptíveis aos olhos desprovidos de sensibilidade, estão por vir, entretanto não sei o que seria ou não plausível de ser colocado aqui, no blog. Confesso apenas que não é impossível a visualização de algumas cenas, que já me parecem prontas em mente, e que certos acontecimentos haverão de mudar bastante o cenário - mesmo que apenas local - de acontecimentos!
Depois de matutar um pouco sobre o que havia sido dito, logo associei de forma bem rasteira e superficial, que tais hábitos transitórios, os quais se faziam comentários, associavem-se ao período do ano, ao clima e outras propriedades mutáveis do ambiente. Não atingi certa conclusão através de processos lógicos, pois se assim fosse, seria tão incerto e desprovido de alguma beleza original que não seria digno de postagem. O que me ocorreu foi uma forte sensação de que muito se verá quando vier o verão, e aqueles que veêm bem podem adiantar a situação. Há uma reserva de energia vital que vem se formando, e acredito que elas serão traduzidas em situações de fervor, quando a estação do sol que nos ferve os olhos chegar.
Creio que grandes mudanças, quase imperceptíveis aos olhos desprovidos de sensibilidade, estão por vir, entretanto não sei o que seria ou não plausível de ser colocado aqui, no blog. Confesso apenas que não é impossível a visualização de algumas cenas, que já me parecem prontas em mente, e que certos acontecimentos haverão de mudar bastante o cenário - mesmo que apenas local - de acontecimentos!
terça-feira, 14 de julho de 2009
Dicas de como aproveitar melhor as férias.
Após me inspirar na postagem do Fábio, um amigo ( http://aliceunbound.blogspot.com/ ) , resolvi fazer o mesmo no meu blog. Juro que lí pelo menos umas três vezes as dicas da postagem dele, e ainda assim não foi suficiente para conseguir entende-las bem. Chega a ser engraçado! Mas como consolo, consegui perceber - até pelo fato de conhecer seus interesses - que suas dicas se referem ao seu modo de enxergar o ambiente, sendo assim farei o mesmo aqui! Então vamos lá:
Bom, acredito não ter dito nada além aqui. Mas um reforço não vai mal. Analisando um pouco, percebo que esse post é o de maior valor prático, aqui no meu blog. Nada fora do esperado! Boas férias para todos!
- Aproveitar pra sair do sedentarismo. Praticar exercícios físicos, principalmente aeróbicos, atuam na regulação do humor, ou seja, faz bem pra mente, corpo, auto-estima, etc...
- Ler é sempre bom. Pra quem tem o hábito, aquele velho livro que sempre é deixado pra trás tem sua oportunidade agora! Você pode pagar de cult e aumentar o nº de livros lidos. A galera vai te dar moral!
- Assista aos filmes que te recomendaram! Não é preciso ter algum amigo(a) cinéfilo para que se tenha tido várias recomendações de bons(ou nao) filmes. Essa é a hora! Além de não bodar nos assuntos relacionados aos filmes nas rodinhas, você irá largar um poquinho o msn!
- Lembra daquele(a) antigo vizinho, que você era bem próximo(a), quando criança? Há quanto tempo não fala com ele(a)? Há casos em que o mero acaso do dia-a-dia impede que um vínculo que outrora fora de grande valia continue a ter vida, o que acaba o tornando ameaçado pelo tempo! É uma boa oportunidade para visitar algumas pessoas, resgatar alguns feelings, entrar em contato com um mundo que hoje é tão diferente do seu. A sensação de quebra no tempo nos faz refletir, nos faz aproximar de questões e sensações que a trivialidade da rotina não nos oferta. Acredito eu que esse tipo de coisa adorna nossa humanidade.
- Conhecer lugares, andar a deriva, sem rumo, se desligar. É outra coisa que nos traz boas sensações. Aproveite a ocasião e, em terra nova, tente ser menos exigente com as coisas. Pelo menos pra mim, a oportunidade de estar em outras localidades dá-me impressão de que estou compreendendo melhor a limitação do próximo, consequentemente minha exigência diminui. Melhor assim.
- E por ultimo, como não poderia faltar, obviamente... NERDAR NO DOTA ALL NIGHT LONG! Podre!
Bom, acredito não ter dito nada além aqui. Mas um reforço não vai mal. Analisando um pouco, percebo que esse post é o de maior valor prático, aqui no meu blog. Nada fora do esperado! Boas férias para todos!
terça-feira, 23 de junho de 2009
Sobre uma analogia de cores e luz.
É bem verdade que para os mais adentrados em assunto de música, a primeira impressão que se tem em função da imagem acima, é de que esse post se refere à famosa banda de rock inglesa, Pink Floyd. Mas não, não é esse o caso. Pretendo me servir daqui, de duas coisas que nem de longe sou perito: como se pode ver, da capa do disco The Dark Side of The Moon, e também de alguns breves conceitos da psicanálise com o intuíto de compartilhar a visão análoga que se faz entre os sistemas inconsciente, pré-consciente, consciente e o prisma.
Como já foi dito, nem de longe sou bom conhecedor da téorica psicanalítica, porem ouso arcar com a responsibilidade de breve e superficial explicação acerca do tema envolvivo. De acordo com a psicanálise, existem duas formas em que os pensamentos estão presentes em nós: consciente e inconsciente. O consciente é todo aquele tipo de pensamento que podemos perceber assim como ele é. O consciente é conhecível, gerenciável, tem propriedades próprias pelas quais se expressam em nós e refletem-se no meio. Já o pensamento inconsciente ou as formas de manifestações inconscientes são aquelas que não são acessíveis a nós, são obscuras ( qualquer semelhança com o "The Dark Side of The Moon é pura coincidência ) , desprovidas de propriedades e atributos próprios. Entre o sistema consciente e o inconsciente, existe um sistema intermediário, o sistema pré-consciente, responsável pela aprovação ou não da passagem do conteúdo do sistema inconsciente que tenta buscar uma representação no sistema consciente. Talvez haja algum equívoco na explicação causado principalmente pela má escolha das palavras. Mas nada que impeça de avançar no foco da postagem: a analogia.
Aos interessados, sugiro que mastiguem um pouco mais o que foi dito a respeito dos sistemas e suas inter-relações e observem atentamente a foto, tentando enxergar o vínculo que pode dai pode ser feito, antes de prosseguirem.
Enfim, vamos a ilustração da analogia. Não me parece forçado comparar o conteúdo inconsciente com o feixe monocromático que precede o prisma. Ambos são uma coisa só, sem cor, sem atribuição de valores próprios e que está ante algo que, ao se passar por ele, terá algum tipo de representação. Este algo, no caso, seria o prisma, que funciona como uma barreira, tornando fazendo com que aquilo que se passe por ele se torne bem diferente daquilo que era. Não representa bem o sistema pré-consciente ? Enfim, o consciente, aquele tipo de conteúdo que já é representado por si, apresenta notável diferença entre os outros que não o são. Diferença esta que pode ser representada pelas cores e até mesmo pela posição que elas ocupam.
A versatilidade que as analogias nos oferecem, me impressionam e, como alguém que sempre recorre a elas, não poderia deixar essa do prisma, especificamente, pairando lá e cá em meus pensamentos. Muito adorno e pouco conteúdo de fato, mas espero que tenham achado interessante - assim como eu - a analogia apresentada aqui. Caso isso não aconteça, posso considerar como mais um sinal de que realmente estou ficando velho. Fazer o que? É a vida.
Créditos: Titio Verlaine Freitas
quinta-feira, 11 de junho de 2009
Metafísica do amor
Na postagem de hoje, não trago texto ou reflexão minha, dando espaço então a uma passagem de Schopenhauer, filósofo alemão considerado por muitos como adepto da corrente irracionalista. A passagem percente ao livro "Dores do Mundo", livro que estou lendo atualmente e tem rendido algumas risadas, por mais que considere seus escritos sendo muito sérios. Não há como não rir defronte a tanto pessimismo. Além de vasta contribuições para a filosofia e o conhecimento de um modo geral, Schopenhauer influênciou fortemente a filosofia de Nietzsche, um dos pensadores mais comentados. Enfim, vamos ao que interessa:
"O amor, assunto até agora reservado aos romancistas e aos poetas. Insuficiência dos filósofos que teem tratado do assunto. Deve-se estudar o amor na vida real. O seu papel, a sua importância, o interesse universal que ele inspira. Todo o amor vulgar ou eféreo tem origem no instinto sexual. O seu fim é a procriação de uma determinada criança: fixa desse modo a geração futura. A natureza do instinto é proceder no interesse da espécie em detrimento do indivíduo. O instinto oferece ao ser egoísta uma ilusão falaz para chegar aos seus fins. Ele guia, no amor, a escolha do homem e da mulher para as qualidades físicas e morais mais apías para assegurarem a reprodução, a conservação, a superioridade do tipo integral da espécie humana, sem consideração alguma pela felicidade das pessoas. Deste conflito entre o gênio da espécie e os gênios protetores dos indivíduos nascem o sublime e o patético do amor. Resultado trágico do amor infeliz, decepções do amor satisfeito. Os amantes são traidores que perpetuando a vida perpetuam a dor."
Schopenhauer.
Teria Darwin, concordado com ele ? Rá!
"O amor, assunto até agora reservado aos romancistas e aos poetas. Insuficiência dos filósofos que teem tratado do assunto. Deve-se estudar o amor na vida real. O seu papel, a sua importância, o interesse universal que ele inspira. Todo o amor vulgar ou eféreo tem origem no instinto sexual. O seu fim é a procriação de uma determinada criança: fixa desse modo a geração futura. A natureza do instinto é proceder no interesse da espécie em detrimento do indivíduo. O instinto oferece ao ser egoísta uma ilusão falaz para chegar aos seus fins. Ele guia, no amor, a escolha do homem e da mulher para as qualidades físicas e morais mais apías para assegurarem a reprodução, a conservação, a superioridade do tipo integral da espécie humana, sem consideração alguma pela felicidade das pessoas. Deste conflito entre o gênio da espécie e os gênios protetores dos indivíduos nascem o sublime e o patético do amor. Resultado trágico do amor infeliz, decepções do amor satisfeito. Os amantes são traidores que perpetuando a vida perpetuam a dor."
Schopenhauer.
Teria Darwin, concordado com ele ? Rá!
quinta-feira, 28 de maio de 2009
Brincar de gente grande.
Foi-se o tempo em que os laços presentes naquele velho instrumento, sempre fixos em nossos pés, amorcetendo a nossa caminhada do dia-a-dia, de todos os lugares, fazia-se notável em nosso cotidiano. Uma breve olhada para cima, quando se voltava do colégio, ou da padaria e lá estava, presos aos fios que dão luz a uma comunidade inteira, os sapatos, tênis, chinelos e o que mais fizer parte do que ditara a moda de sua época. Quase sempre em par, aglomerados, disputando o espaço nos cabos e na ira daqueles que tinham como ocupação manter o funcionamento regular da fiação.
Essa imagem, capturada com perspicácia por Leandro Menezes, estudante de história pela Universidade Federal de Minas Gerais, é cada vez mais rara. Calçados que não são mais descartados tão fácilmente, não ganham mais vôo. Crianças e pre-adolescentes que praticam molecaquem virtual, como os 4channers e afins, conhecem cada vez menos o valor do andar descalço na rua, correr atrás de papagaio, tocar campainha e sair de quebrada, e é claro, amarrar os tênis e brincar de prendê-los nos fios. Coisas como essas, que, ao longo dos anos e da variância de cenários no nosso meio urbano - ou quase sempre urbano - passam despercebidos à nossa atenção, porém, quando defronte a nós, provocam forte nostalgia e irrefutável comparação com os novos tempos e suas peculiaridades.
Locais que insistem a resistir às mudanças do tempo conservam tais imagens, que não devem ser simplesmente esquecidas, deixadas de lado em nossas memórias. Memórias que são resgatadas quando nos reunimos com amigos e recordamos das travessuras de criança. Quão bom não seria se pudéssemos capturar também todo o feeling daqueles tempos... tempo este que nos achamos gente grande, seria interessante brincar como se fazia, quando gente pequena.
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